quarta-feira, 28 de dezembro de 2011 | By: Isis Cardoso

Kriptonita

Minha dopamina,
Meu óx, meu crack, minha cocaína,
Meu jogo, meu fumo, minha cerveja,
Meu gim, meu whisky, meu licor de cereja,

Minha erva, meu ópio, minha morfina,
Meu lança perfume, minha anfetamina,
Minha vodka, meu absinto,
Meu torpor que me faz esquecer tudo o que sinto.

Meu ponto fraco, meu calcanhar,
Meu mundo perdido que abate e excita,
Minha good trip, meu lsd,

Meu prazer proibido que pode matar,
Meu narcótico, minha kriptonita,
Minha fraqueza, meu vício: você.

Magnetismo.


Eu penso em me afastar, em fazer a minha vida tomar seu rumo cinzento.
Eu penso que é um lapso, que é algo de momento...
Mas ouço a sua voz e tudo isso sai.
O problema, meu bem, é que você me atrai.

Eu penso que isso tem, sim, uma cura,
Que é só um instante de prazer e loucura...
Mas vejo teu sorriso e tudo isso se vai.
O problema, meu bem, é que você me atrai.

E se isso for um momento, que seja.
Se for precipitado, eu saberei lidar,
Tanto faz, pra mim, se for só uma fase.

Nessa fase, não quero te perder;
Por isso, nesse instante, decidi fazer
Mais um soneto meu contendo a nossa frase.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011 | By: Isis Cardoso

Dopamina.

Eu te amo
Eu te odeio
Eu não me importo contigo
Eu sinto saudades de você
Eu não vou te ligar
Eu quero ouvir sua voz
Eu quero te libertar
Eu te quero comigo
Eu acordo bem
Eu acordo mal
Eu vou fingir
Eu falo a verdade
Eu quero o mundo todo
Eu não quero mais ninguém
Eu sou forte
Eu sou incompetente
Eu tenho o controle
Eu estou entregue
Eu me contento com o fim
Eu estou em ruínas querendo recomeçar
Eu não quero mais nada
Eu só quero mais uma dose.

Eu tenho um vício que atende por seu nome... meu bem.