terça-feira, 5 de julho de 2011 | By: Isis Cardoso

Ecos

Ecos da noite que chamam meu nome,
Versos dos dias que não voltarão.
Egos que se tomam do amor que os consome,
Verbos tolos conjugados em vão.

Os ecos se produzem na mente,
Os versos nunca param de se entrelaçar,
Os egos se guiam pela febre que se sente,
Os verbos jamais vão voltar.

Os ecos repetem teu nome,
Os versos te querem para mim,
Os egos nossos não saciam sua fome,

Os verbos estão em silêncio sem fim.
Tudo é findo, tudo é surdo, mudo e cego,
Exceto cada verbo, eco, verso e ego.
sexta-feira, 1 de julho de 2011 | By: Isis Cardoso

Procura.

Amor,
Como encontrá-lo?
Como vivê-lo?

Procuramos por toda parte,
Nos perdemos,
Nos ferimos...

Alguns passam meses,
Anos ou a vida inteira
Se iludindo e procurando-o.

Mas quem o encontra,
Sabe entendê-lo,
Sabe vivê-lo.

Apesar disso, todos os restantes,
Todos caçadores,
Todos iludidos seres

Procuram o amor entre olhares,
Entre os becos,
Entre as árvores;

Mas o amor está
Onde é mais árduo o alcance:
Dentro de nós.