Com seus olhos no mar e seu corpo no píer, contemplava o vazio da imensidão de sua mente que se expandia na nuance das águas.
Procurava em algum porto um lugar seguro, em uma pedra, uma ponte ou ali mesmo, à beira do píer. Sentia o sal adentrar suas narinas e descongestionar seus pulmões, mas não sentia o fôlego de vida no ato de respirar.
Anseava encontrar um destino em uma daquelas embarcações. Talvez sua vida estivesse lá, nas terras além do horizonte; poderia encontrar um novo amor para viver, um novo remédio para trazer de volta as emoções de seu coração frio e ôco.
Tudo poderia estar lá, mas ele estava apenas a ver navios.
(baseado em "Infinito" - Fresno e "Praia Nua" - Jorge Vercillo)
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