Pra quê essa mão estendida
Se não há quem a possa segurar?
É chegada a hora da partida,
E só o que te resta é se apartar.
Pra quê esse olhar para o vento
Se não há quem o possa corresponder?
Não é necessário todo esse desalento,
Fique em silêncio e veja tudo se desfazer.
Pra quê essa lágrima corre
Se não há ombro que a possa amparar?
Por que tudo tem que seguir este esquema?
Onde enterram outra esperança que morre?
Agora, tudo volta a seu devido lugar
E eu silencio meus lamentos em mais um poema.
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