quarta-feira, 22 de maio de 2013 | By: Isis Cardoso

Asma

"Sou um retrato que tua mão revelou..."

Tua mão, que já tocou a minha, que já afagou meus cabelos, já afanou meus braços e seguiu cada contorno do meu rosto. Tua mão que foi tão tua quanto minha, mas no fundo não foi de ninguém, afinal, você sequer se pertence. Tua mão que prepara, tal qual um artífice, mais uma paixão de mentira para preencher seu coração vazio e gélido.

"Cópia barata do que eu acho que sou..."

Eu achei que fosse seu amor, achei ser feliz ao seu lado, achei que minha alegria contrabandeada a seu lado duraria bastante. Não fomos feitos pra durar, sequer chegamos perto disso. Agora, eu acho que eu sou só um borrão, um reinvento, uma cópia desbotada de alguém feliz e esperançoso que um dia eu fui.

"E sim, amor, eu sei que não devia."

(Texto baseado na música homônima de Visconde)

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