quinta-feira, 26 de maio de 2016 | By: Isis Cardoso

Polissílabo

Na cama, o corpo ao meu lado
Não tinha os cabelos compridos
Nem o cheiro inebriante
Do corpo pequeno e esguio.

A voz que diz adjetivos
Não sai de sua ressonância
E as mãos que me apalpam no escuro
Não são suas mãos vagarosas

E o nome que sai de minha boca
Ah, como queria que fosse
Mas não é o seu polissílabo.

Eu sei, nada tenho contigo
Tudo o que eu tenho é vontade
Mesmo me aplacando em outro corpo.

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