segunda-feira, 19 de setembro de 2016 | By: Isis Cardoso

Vênus

Venus
Corpo nu na penumbra
Com um ou outro feixe de luz
Trazem o fascínio
A ponto de fazer desviar o olhar
Por mais de três

Segundos
Que separam tua tez de minhas
Roupas de loja de departamento
Na tua casa de paredes referenciadas
Eu penso em uma frase
Mas nada me vem quando eu quero

Escrever
Com a minha língua o meu nome
Na tela em branco do teu corpo esguio
Em cada pele ou cada pêlo
Ler em morse seus arrepios em minhas mãos
E venerar o teu belíssimo

Prazer
Quando meu corpo se desnuda e te preenche,
Quando você tenta acender um cigarro,
Quando te falta momentaneamente o ar
E você se deita
Com um poeta roncando no seu

Ombro
E teu corpo confortável se curva
E aquece a minha tez no cochilo
Depois de me agitar em prazeres nefandos
Ao me trazer a seu santuário
E me provares que realmente és

Vênus.

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