sábado, 3 de setembro de 2011 | By: Isis Cardoso

Vozes Obscuras

Vozes obscuras me chamam, me querem,
Tentam atrair-me para junto do caos,
Querem repelir-me do foco luminoso
Buscam envolver-me em compreensão,
Estendem mãos geladas pra me alcançar,
Sopram sobre o nada em toda a parte,
Chamam meu nome como se fosse doce.

Preciso resistir, preciso me afastar,
Preciso de mais fôlego para correr,
Preciso que alguém me socorra
Dessas vozes obscuras que tentam me seduzir.

Rostos inocentes que quase enganam,
Gestos tão modestos que parecem não ser nada,
Sorrisos que escondem intenções nefastas,
Corpos retorcidos que tentam disfarçar,
Mas suas mãos geladas tentam tatear-me,
Tocam o nada que há em toda a parte,
Chamando meu nome como se fosse doce.


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