Risos ácidos escorrem de meus lábios com uma alegria destrutiva e uma melancolia que corroi e traz a cada certeza minha o fim; entre o deslumbramento e o caos, o ar cáustico de meus pulmões traz a meu corpo uma dor que doi demais para mim.
Os meus olhos nebulosos, com as dúvidas que permeiam minha alma através do cotidiano, vão além do que se vê: a tristeza, a alegria, a paz e a agonia, madrugada, tarde e dia, minha mente fantasia com você - mesmo sem saber quem é você.
A acidez no sorriso traz toda a dor por dentro, o som bobo que sai da boca exorciza o sofrimento que me toma cada vez que me perco na escuridão quando vem a noite fria e ninguém me vê; quando não há mais respostas pra tanto porquê o desejo pelo erro cicatriza as mágoas do coração.
Por cada um que se foi e nunca mais voltará, por cada um que não foi - mas eu quero que se vá -, por cada um que eu quis e para quem eu quero agora: em cada sonho plácido em que me procurar todos os risos ácidos terão o seu lugar no meu mundo de dentro e no mundo afora.
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