Ele: porque esse olhar vazio?
Ela: porque esse olhar vazio?
Ele: Estou preocupado. com o futuro, meus pensamentos estão voando longe. é a preocupação de te amar e não ter certeza de que é certo, ou talvez o medo de não te amar e te magoar, de qualquer forma, é tudo para lhe proteger.
Ela: você já considerou que talvez eu não queira ser protegida? Que talvez eu queira que você se entregue de corpo e alma sem preocupar, que me deixa triste e infeliz essa sua mania de querer prever e medir o futuro? que tudo o que você faz e é, soa tão perfeito aos meus olhos que eu não consigo enxergar os seus defeitos? Você já imaginou o tamanho da agonia é não saber em quais direções o seu coração está indo? ou como é perturbador não saber o que sente?
Ele: você ainda não me respondeu, porque o olhar vazio?
Ela: porque o meu amor, foi em busca do teu.
Ele: e se não encontrar?
Ela: terá valido apena a procura.
Ele: Até amanhã...
Ela; Até o amanhã...
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O motivo
Existir... Qual o sentido dessa palavra?
Existir é atuar, fazer algo importante, de sentido... existir é Pensar.
Pensar... pensar é viajar pela mente, procurando soluções e ideias .
Escrever... É transmitir as ideias pro papel, é confirmar sua existência... é pensar.
Por isso existimos, pensamos e escrevemos.
[texto original de Sam Grangeiro]
Existir é atuar, fazer algo importante, de sentido... existir é Pensar.
Pensar... pensar é viajar pela mente, procurando soluções e ideias .
Escrever... É transmitir as ideias pro papel, é confirmar sua existência... é pensar.
Por isso existimos, pensamos e escrevemos.
[texto original de Sam Grangeiro]
Contemplando?
Guia
Ele estava tão perto, mas tão longe. Tão ao seu alcance, mas nunca para o seu cheiro, seu toque, seu abraço, seu sabor, seus sentimentos.
Ele estava distante, distante da sua voz, dos seus olhos, das suas mãos, do calor da sua pele, do seu sorriso, da faíscas de seu olhar, do frio de seu suor devido a tanto nervosismo, da respiração profunda soprando o amor de dentro para fora.
Ele estava tão longe, mas tão perto. Olhá-lo de longe já era o bastante, saber que está bem, saber que está respirando, e talvez pensando nela, e lembrando nas coisas que só os dois entenderiam, nos momentos que passaram juntos, no amor que compartilharam em suas almas e corpos e no vazio que ele deixou ao partir sem explicação, sem previsão de retorno.
Ele estava distante, distante da sua voz, dos seus olhos, das suas mãos, do calor da sua pele, do seu sorriso, da faíscas de seu olhar, do frio de seu suor devido a tanto nervosismo, da respiração profunda soprando o amor de dentro para fora.
Ele estava tão longe, mas tão perto. Olhá-lo de longe já era o bastante, saber que está bem, saber que está respirando, e talvez pensando nela, e lembrando nas coisas que só os dois entenderiam, nos momentos que passaram juntos, no amor que compartilharam em suas almas e corpos e no vazio que ele deixou ao partir sem explicação, sem previsão de retorno.
Aliás, em caso de retorno, ele sempre saberia onde encontrá-la, além de em seu coração. E mesmo não sabendo, o amor seria seu guia na cegueira de um mundo desacreditado.
Guardado
Seu rosto a cada dia
Se apaga de minhas memórias.
Preciso ver você,
Preciso ter você.
Quero ouvir mais uma vez tuas histórias,
Contadas por tua voz forte e envolvente
Forte e envolvente como teus braços
Que quero enlaçados em mim,
Em um abraço, suave e aconchegante,
Suave e aconchegante como minha pele na sua.
(Mesmo que por um curto momento,
Mesmo que você não saiba.)
Meu corpo ferve quando penso em ti,
Fico como em delírios febris,
Imaginando o que fazer ou o que dizer
Quando te encontrar uma próxima vez.
Eu só quero que me queira como te quero.
Quê?
Nada não, só foi um pensamento escrito,
Desculpe por tamanha estupidez...
Eu só queria dizer que te quero
Sem que isso pareça tolice!
Tolice, como um piano sem teclas,
Quando só o que é tocado é a madeira,
Que produz um som ôco.
(Ôco como o senso de razão de um louco,
Ôco como meus lábios sem envolver os teus...)
Vem, assim que quero-te,
Forte, envolvente, febril, suave,
Aconchegante... Até mesmo ôco
Mas eu te quero.
(Mesmo tendo que guardar tanto isso em mim.)
Preciso ver você,
Preciso ter você.
Quero ouvir mais uma vez tuas histórias,
Contadas por tua voz forte e envolvente
Forte e envolvente como teus braços
Que quero enlaçados em mim,
Em um abraço, suave e aconchegante,
Suave e aconchegante como minha pele na sua.
(Mesmo que por um curto momento,
Mesmo que você não saiba.)
Meu corpo ferve quando penso em ti,
Fico como em delírios febris,
Imaginando o que fazer ou o que dizer
Quando te encontrar uma próxima vez.
Eu só quero que me queira como te quero.
Quê?
Nada não, só foi um pensamento escrito,
Desculpe por tamanha estupidez...
Eu só queria dizer que te quero
Sem que isso pareça tolice!
Tolice, como um piano sem teclas,
Quando só o que é tocado é a madeira,
Que produz um som ôco.
(Ôco como o senso de razão de um louco,
Ôco como meus lábios sem envolver os teus...)
Vem, assim que quero-te,
Forte, envolvente, febril, suave,
Aconchegante... Até mesmo ôco
Mas eu te quero.
(Mesmo tendo que guardar tanto isso em mim.)
Arranjo
Recita sua doce poesia em meu ouvido,
Dedilha em minhas mãos tuas mãos calorosas,
Componha cada um dos meus pensamentos sem sentido,
Sinfonize em meu coração essa sensação maravilhosa,
Tamborile perto de mim as batidas de teu coração,
Solfeje cada parcela do que diz o meu olhar,
Ritmize toda desarmonia que vem sem intenção,
Harmonize-me, tranquilize-me, mas deixe-me demonstrar
Tudo isso que bate e rebate em minha mente,
Te quero, te gosto, te anseio, te desejo,
E quero que imediatamente
Tecle em minha boca o sabor do teu beijo.
Silencioso.
Ah, se eu soubesse cada mistério que se esconde em seu olhar...
Ah, se eu dissesse cada palavra que eu penso em te falar...
Eu diria mais que o mundo inteiro, de janeiro a janeiro, o que tenho a dizer,
Dissertaria sobre o que há aqui dentro de mim só de te ver.
Mas és meu fascínio silencioso, tão secreto e tão gostoso que prefiro omitir.
Às vezes as palavras atrapalham, então os lábios se calam e o verbo é só para sentir.
Então eu me aquieto para no meu silêncio me explicar,
Eu me aquieto pois meu pensamento quer processar
Cada momento perto de você.
Ah, se eu pudesse, eu iria te dizer...
Com os lábios nos teus.
Casulo.
Era inteligente, e capaz de discutir sobre qualquer assunto, sem pestanejar. Conseguia expôr seu ponto de vista nem que para isso precisasse desenhar - coisa que fazia mais por hobby que por dom.
Impressionantemente, todo aquele conteúdo vinha em uma embalagem ainda melhor.
"Sorriso encantador, olhar sedutor, jeito de menina e corpo de mulher... e que mulher!"
Este era o comentário de qualquer homem sem parentesco direto que tivesse alguma ligação com ela.
Mas era um engano achar que a fala de menina tornava-a boba. Malícia tinha, e muita. Cada olhar, cada frase, cada riso ou até mesmo cada suspiro tinha uma subliminaridade, uma subjetividade que pedia para ser desvendada. Ela sabia que da maneira certa poderia usar seus benefícios - tanto físicos quanto intelectuais - para conseguir qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo.
Faltava-lhe, entretanto, a confiança. Não tinha coragem de ser óbvia, de ir direto ao assunto quando se tratava do jogo da conquista. Não conseguia abandonar seus escrúpulos por um momento sequer. E quando tentava, o riso manifestava, as pallavras fugiam, o olhar direcionava-se para baixo e a fala travava em uma inevitável gagueira.
Apesar da timidez, era uma moça encantadora. Sabia ironizar, tentava manter a calma na maioria do tempo, guardava seus amigos com unhas e dentes - mesmo que para isso às vezes escapassem verdades ácidas - , era boa para com a família o tempo quase todo e as pequenas meninas de sua igreja queriam ser como ela quando crescessem.
Todavia, perdia o jeito com um elogio, ou até mesmo um olhar mais atrevido. Fechava-se o sorriso em um dia ensolarado se flagrasse algum expectador assistindo ininterruptamente ao movimento de seu corpo ao caminhar. Enfurecia-se quando ouvia uma frase mais ousada direcionada a ela, mesmo evitando ao máximo passar em portas de botequins. Indignava-se com os jargões como "que isso" ou "linda", principalmente quando estava vestida desleixadamente em lugar público. Achava que a palavra "gostosa" era um equívoco quando direcionada à ela, e pensava que todos - e até mesmo algumas - que se diziam sem fôlego ao imaginá-la em roupas simples, como short e regata básica, só diziam isso para agradá-la.
Era um curioso caso de mulher que não havia saído do casulo de menina. Pobres eram os que incessantemente aguardavam essa transição... Mal sabiam o mal que uma devoradora de homens lacrada a sete chaves poderia causar ao libertar-se.
Impressionantemente, todo aquele conteúdo vinha em uma embalagem ainda melhor.
"Sorriso encantador, olhar sedutor, jeito de menina e corpo de mulher... e que mulher!"
Este era o comentário de qualquer homem sem parentesco direto que tivesse alguma ligação com ela.
Mas era um engano achar que a fala de menina tornava-a boba. Malícia tinha, e muita. Cada olhar, cada frase, cada riso ou até mesmo cada suspiro tinha uma subliminaridade, uma subjetividade que pedia para ser desvendada. Ela sabia que da maneira certa poderia usar seus benefícios - tanto físicos quanto intelectuais - para conseguir qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo.
Faltava-lhe, entretanto, a confiança. Não tinha coragem de ser óbvia, de ir direto ao assunto quando se tratava do jogo da conquista. Não conseguia abandonar seus escrúpulos por um momento sequer. E quando tentava, o riso manifestava, as pallavras fugiam, o olhar direcionava-se para baixo e a fala travava em uma inevitável gagueira.
Apesar da timidez, era uma moça encantadora. Sabia ironizar, tentava manter a calma na maioria do tempo, guardava seus amigos com unhas e dentes - mesmo que para isso às vezes escapassem verdades ácidas - , era boa para com a família o tempo quase todo e as pequenas meninas de sua igreja queriam ser como ela quando crescessem.
Todavia, perdia o jeito com um elogio, ou até mesmo um olhar mais atrevido. Fechava-se o sorriso em um dia ensolarado se flagrasse algum expectador assistindo ininterruptamente ao movimento de seu corpo ao caminhar. Enfurecia-se quando ouvia uma frase mais ousada direcionada a ela, mesmo evitando ao máximo passar em portas de botequins. Indignava-se com os jargões como "que isso" ou "linda", principalmente quando estava vestida desleixadamente em lugar público. Achava que a palavra "gostosa" era um equívoco quando direcionada à ela, e pensava que todos - e até mesmo algumas - que se diziam sem fôlego ao imaginá-la em roupas simples, como short e regata básica, só diziam isso para agradá-la.
Era um curioso caso de mulher que não havia saído do casulo de menina. Pobres eram os que incessantemente aguardavam essa transição... Mal sabiam o mal que uma devoradora de homens lacrada a sete chaves poderia causar ao libertar-se.
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